domingo, 17 de abril de 2011

Mentes desarmadas de inteligência

Nas duas últimas semanas em razão da tragédia sem precedentes ocorrido em Realengo, no Rio de Janeiro, voltou no cenário nacional a discussão acerca do porte de armas. As ideias por demais deslocadas, reverberada em grande parte por pessoas despossuídas de qualquer embasamento científico ou sociológico passou a defender até um novo plebiscito para saber se a população aceita abolir de vez o uso de armas de fogo. O tema nos leva a duas observações que são esquecidas pelas ONGS (em especial aquelas dos chamados camisas brancas), políticos, palpiteiros de todas as matizes no que diz respeito ao uso das armas. Primeiro quem mata são as pessoas e são as armas. O fato de proibi-las não diminui a violência. Nos EUA onde o comércio é livre teria assim o maior índice de homicídios do mundo, quando na verdade lá a taxa é de 6 mortes por grupo de 100 mil, enquanto no Brasil, com uma lei de desarmamento draconiana que temos a taxa é de 24 por grupo de 100 mil. E olhem que lá se compra arma legalmente em qualquer esquina. Então não vai ser tirando a arma de pessoas honestas que se vai acabar com a violência. O foco é outro. É acabar com o contrabando ilegal de armas que entram no Brasil através das fronteiras e que a criminalidade reina sem qualquer repressão. Em outras palavras: É desarmar a bandidagem e não vais ser com UPP, mas com seriedade e policia aparelhada e treinada. O assassino de Realengo agiria tendo um revolver ou não. Até porque comprou a arma na clandestinidade. Proibir a venda de armas não o impediria de cometer aquela barbaridade. Outro aspecto que veio a reboque da tragédia é aquela mania que vez ou outra volta a baila do plebiscito ou referendo (coisas distintas que a imprensa e as pessoas falam sem saber do que se trata) para consultar a população acerca da proibição de armas, esquecendo-se de referendo em 2005 onde 63,94% da população disseram que não deveriam proibir a venda de munição e armas de fogo. Voltar agora com isto é pura demagogia e insensibilidade com o ocorrido no Rio de Janeiro. A ideia aventada pelo donatário do Maranhão José Sarney é infeliz e despossuída de qualquer amparo lógico ou jurídico. Até o presidente da OAB-RJ advogou tal estupidez. O caso do Rio não tem nenhuma relação como porte de armas ser proibido ou não. Devemos em respeito daqueles brasileirinhos vitimados pela crueldade sermos mais inteligentes e não buscar soluções fáceis a situações que exigem maior reflexão.

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