domingo, 21 de agosto de 2011

As veias abertas da América Latina

Hoje a despeito de muitas ocorrências ditas “jurídicas” darei espaço ao comentário de um livro meio despretensioso que trás estória que se não é novidade, pelo menos mostra de forma incontestável a verdade de mitos muito celebrados aqui em terras da América Latina. O nosso continente sempre escolheu as opções erradas, seja na vida econômica, seja na vida politica. E sempre pagamos por estas escolhas. Não foge deste contexto o glamour que parcelas enormes da população, muitas inclusive influenciadas por hordas de políticos e intelectuais que os enaltece para simplesmente servirem de instrumentos para exposição de suas ideias, cristalizando uma da facetas digamos assim, de nosso atraso diante outras nações. O livro ao qual me refiro chama-se “Guia Politicamente Incorreto da América Latina” (Ed. Leya, 335 pags. R$ 39,00) escrito a quatro mãos por Leandro Narloch, este inclusive autor também do não menos ótimo livro do mesmo título mas da História do Brasil e Duda Teixeira. Os autores escolheram sete figuras emblemáticas que prestaram um enorme desserviço, ou que pelo menos, ajudaram a dar este ar de subdesenvolvimento que sempre existiu e ainda existe, nesta terra colonizada por português e espanhóis. O livro desmitifica uma figura que todo jovem, uma vez na vida teve uma camisa com seu rosto, tirado de uma foto do fotografo Korda, o porco fedorento do Che Guevara (lembro aos leitores que este escriba jamais teve qualquer indumentária que fizesse alusão a tão bestial figura). Este sujeito tão decantado e conhecido mais por suas proezas em prol de uma revolução dita romântica em que pôs para corre o ditador Fulgêncio é celebrizado como um jovem idealista e defensor das liberdades. Ledo engano. O tipo nada mais foi do que um facínora cruel que matava sem pena aquele que não comungasse com seus princípios nada democráticos. Ele matou sem dó e piedade mulheres e crianças. Mandava seus subordinados e quando estes não resolviam, executava o serviço pessoalmente. Dando tiro na cabeça e depois relatava suas experiências dizendo como deve ser um tiro bem dado, afinal ele era médico. Entre outras personalidades que passeia pelo imaginário latino americano e é visto como herói estão: Fidel, é obvio; o casal Evita-Peron, Simon Bolivar, Allende. O livro visualmente atraente com uma prosa enxuta e em tom jornalístico é saborosamente lúdico. Indico para aqueles que querem entender porque somos um continente ainda tão atrasado e insignificante no cenário mundial.

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