Esta semana saiu no site do Conselho Federal da OAB uma nota sobre a posição da instituição no julgamento das cotas raciais para ingresso nas universidades. O texto delibera dizendo que o Pleno da entidade apoia o sistema de cotas uma vez que a entidade por razões históricas combate o “o abismo social que existe nesta País no que se refere á questão dos negros” nas palavras do Presidente Ophir Cavalcante. Pois bem a ordem mais uma vez dás um passo para trás. A instituição que sempre defendeu a igualdade como preceito fundamental na formação de qualquer nação depõe contra a Constituição que tanto lutou para solidificar de vez a nossa democracia. Este posicionamento equivocado, fruto de uma concepção equivocada, tenta reparar um problema social, que independe da cor, onde o acesso ao ensino superior é decorrente da falta de investimento que afeta tanto brancos como pretos, não deveria ser a bandeira da instituição. O argumento de que os negros foram espoliados e, portanto, devem ser reparados, é tão demagógica quanto pueril. Trata-se de visão míope, pois a escravidão já era prática comum na África subsaariana com a venda de negros tanto para Europa quanto para a Ásia. Defender as cotas depõe contra a constituição federal. Por obvio que a escravidão foi uma passagem das piores em nossa história. Mas querer julgar fatos do passado usando os modelos atuais é burrice. É conduta típica daqueles “pensadores” do atraso que ainda permeiam os rincões das universidades. É triste que uma instituição com tantos serviços prestados pela luta da liberdade e da igualdade de todos perante a lei possa defender um conjunto de ideias tão densas como uma bolha de sabão. Também não se pode esperar muito da OAB, pois nos últimos anos nunca tivemos presidentes tão fracos e desinformados e despreparados intelectualmente.
domingo, 28 de agosto de 2011
Um passo para trás
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