Saiu recentemente no jornal O Globo uma matéria que tratava da morosidade da justiça. E entre os entrevistados estava o advogado que representou algumas vitimas do Beteau Mouche, num processo que demorou vinte anos Ele alega que apenas duas famílias receberam indenização e ninguém foi preso. Ainda nesta matéria o presidene da OAB-RJ alega que a falta de planejamento estratégico dos tribunais vem abarrotando o judiciário com processos que muitas vezes seria desnecessário o seu ingresso nas varas. Porém eu ouso a dizer que a morosidade é muito mais do que estes argumentos. Existe no meio jurídico o excessivo apego as formalidades banais, legislação que favorece o empurrômetro, juízes pouco afeitos ao trabalho, funcionários de menos e descompromissados com a eficiência, uma estrutura burocrática e sem agilidade. Soma-se a tudo isto o espirito pouco conciliador dos demandantes, traço cultural forte e enraizado.
Muita coisa precisa ser mudada. Por que não começar pondo fim ás férias de 60 dias dos magistrados? Tinta dias a mais de trabalho com certeza minimizaria, muito pouco é verdade, o acumulo de processo, mas já é um começo. As soluções existem falta coragem para realizá-las.
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