domingo, 22 de novembro de 2009

Um no cravo e outro na ferradura

O STF como já dito não só neste blog como em outros, determinou pela extradição do terrorista italiano. Se ficasse somete nisto já seria uma vitória solar na consolidação dos ideais democráticos. Porém, recrudesceu ao decidir que a palavra final sobre a extradição ou não ficaria a cargo do presidente da república. Uma pena. Fica parecendo que um dos poderes da república é apenas um orgão consultor, desfigurado por doutrinas capengas e sem muita conscistência advindas de alguns dos ministros. Teve até quem afirmasse de como se deu o julgamento e as posições alí defendidas seriam uma antecipação do julgamento do ADPF 153, ou seja, a revisão da lei de Anistia que pretende punir os torturadores do regime militar ; um recado de que o STF não tolera "ações revolucionarias armadas". É ótimo que o Poder Judiciário pense assim o contrário é que seria temeroso. O que me preocupa é magistrado querer adjetivar a justiça com a palavra social, quando na verdade deveria apenas se ocupar a aplicar e fazer cumprir o que as leis determinam. Buscar explicação ideológica em decisão judicial é subestimar a inteligência dos outros. Tenha santa paciência. Espera-se do presidente da república bom senso e acate o que foi apreciado pelo judiciário e aproveite a oportunidade e mande para casa o seu genial ministro da justiça, que disse esta semana que setores do governo italiano há movimentos fascistas.

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