Nas aulas que ministro nos cursos das faculdades que leciono ou já lecionei, sempre combati o o comportamento ás vezes bocó tanto de alunos como de professores de satanizar as boas práticas capitalistas (estou dizendo as boas o que não quer dizer necessariamente que todas são boas, tem as ruins também, agora não tenho culpa se aquelas são maioria e leva o mundo a andar para frente).Pois bem, este comportamento desarrazoado da realidade, fruto de um longo processo de difusão ideológica um tanto esquerdóide, que vem infectando a vida estudantil universitária com pensamento voltado ainda para o século XIX, que está encastelado nas instituições de ensino pública – esta com muito vigor – e nas particulares. E estes ensinamentos insistem em perpetuar, demonstrando o atraso mental que perdura em grande parte da intelectualidade nacional, se é que podemos ainda de chamá-los assim, mostrou toda a sua força numa reportagem que assisti no Jornal da Globo da última sexta-feira (14/05). A estória foi o seguinte: A centenária Faculdade de Direito da USP recebeu doações financeiras de ex-professores que também foram alunos e serviu para melhorar o auditório e outras instalações da escola, em vista disto, os doadores foram homenageados com o seu nome nestas instalações. Outros ex-alunos também manifestaram o desejo de contribuir com dinheiro no ambiente que lhes trouxeram progresso intelectual e financeiro. Não é que os estudantes passaram a repudiar o mecenato com argumentos toscos de que quebrou a “tradição” de homenagear ex-alunos com nome em salas da instituição? A reportagem mostra que as universidades americanas tem por hábito receber doações, prática esta centenária. Inclusive, as maiores universidades americanas somente passaram a existir porque os milionários ao falecerem deixam todo o seu dinheiro para a criação destas. O que não foi mostrado que escolas como Harvard, 70% de sua receita vem de doações de ex-alunos e é assim em todas elas. Este dinheiro é usado para financiar bolsas de alunos que não tem condições de pagar e que são talentosos e inúmeras outras atividades. Aqui no Brasil é diferente. As doações são raras e quando aparecem os bobocas de sempre repudiam, afundando mais ainda a tão combalida vida acadêmica. Tá explicado a ausência de Prêmio Nobel entre brasileiros.
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