Nos dias 22, 23 e 24 de março realizar-se-á em Lisboa o I Congresso Internacional de Advogados de Língua Portuguesa, com o fito de analisar a atuação dos profissionais da categoria em diversos segmentos bem como as suas condutas nos tribunais e discutir a atuação de magistrados e o MP na defesa dos direitos do cidadão e do Estado. A primeira vista parece-me uma boa oportunidades para traçar um parâmetro da atuação do profissional do direito de diversos países e suas peculiaridades e daí se extrair novos paradigmas que valorizem a atuação da advocacia na condução e o respeito na aplicação da lei. Neste diapasão tive a oportunidade de ler uma entrevista do presidente da Ordem dos Advogado de Portugal, o advogado Antonio Marinho e Pinto no qual ele desanca a fazer duras criticas ao Judiciário e o Ministério Público português. Sua diatribe contra tais instituições não difere muito do que se encontra aqui no Brasil. Entre elas fala da lentidão no andamento dos processos, a conduta autoritária e sem amparo legal de muitos magistrados, um MP muitas vezes mais preocupado em fazer valer por parte de seus membros as sua ideologias e preconceitos, em vez de ser fiscal da lei, a expansão de cursos de direito sem muita qualidade e juvenilização do judiciário com juízes com 24, 25 anos de idade, sem maturidade para apreciar casos que somente o conhecimento técnico não é suficiente e só a maturidade pode lhes dar e outras mais. Quando lí sua entrevista, percebi que taís mazelas atingem não só o Brasil como as terras lusitanas. No congresso espera-se discutir a atuação dos advogados e suas condutas éticas , porque não se engane leitor, muitos bacharéis de direito tem diagamos assim, uma visão peculiar de valores que beira o bandistimo. Assim como tem juízes e promoters de péssima qualidade e conduta desairosa, tem advogados no mesmo caminho. Neste evento também se discutirá as prerrogativas da profissão que ao longo dos últimos anos tem sido vilipendiada em razão da atuação do Estado como um verdadeiro Estado policial com a invasão de escritórios de advocacia na busca de provas contra supostos criminosos, numa verdadeira violação do sigilo profissional, sigilo este uma conquista da democracia. Espera-se neste congresso que as discussões não se encerrem no último dia e leve adiante a defesa intransigente dos valores de tão aviltada profissão.
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