Travou-se nesta semana um entrevero envolvendo o editor do Anuário da Justiça de 2010 e a ONG Transparência Brasil na pessoa de Claudio Weber Abramo. A discussão se deu por causa da análise de numeros exposto no respectivo anuário e um levantamento feito pela Fundação Ford (sempre tive os dois pés atrás em relação a esta fundação, explico os motívos depois). Enquanto uma aponta uma melhora no andamento dos processos no STF a outra diz que os números não traduz a realidade. Vamos aos argumentos. O fundação diz que houve uma piora significativa no julgamentos, com o ministro Joaquim Barbosa levando 75 semanas para solucionar os feitos sob sua responsabilidade(não levou em consideração a saúde deste que tem um sério problema de coluna que o leva a se afastar por dias do tribunal, obrigando muitas vezes a ficar horas em pé em razão das dores) e o minstro Eros Grau 35. Diz ainda que anualmente tem chegado ao STF 18 mil processos, uma queda em relação aos anos anteriores (imaginem!). Por sua vez o Anuário diz que os números foram colocados e interpretados de forma equivocada. Cita o o exemplo do próprio Eros Grau que optou em não julgar processos que são de temas já repetidos, devolvendo-os aos tribunais de origem, que no jargão jurídico é chamado de "sobrestamento" daí os números dele serem os melhores do tribunal, ao passo que os demais ministros deixam os seus processo nos gabinetes até que concluam o seu julgamento. Rebate ainda o anuário que não se levou em consideração os processos em mãos do ministério público, dos advogados ou então esperando informações de outros tribunais. A despeito desta discussão, que se destaca é que do jeito que está não pode ficar. Receber 18 mil processo por anos, fora os que já estão no STF é humanamente impossível se trabalhar. Para o leitor ter idéia do absurdo a Suprema Corte Americana não recebe mais do que 100, isto mesmo, 100 processos; na Alemanha não chega a 500. Mais do que moralizar a justiça, é preciso leis que reduza o número de recursos e não confudir o direito de ampla defesa com da ampla esculhambação.
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Todo país merece ter a justiça que melhor o represente, portanto, o país do jeitinho, do "deixa pra depois", dos "recursos não contabilizados" e das mais infindas e deploráveis ações vai penar, e muito, até que consiga o status de país civilizado.
ResponderExcluirP.S.: Observem o peculiar caso do mensalão de Brasília em que mesmo após pulularem vídeos e depoimentos mostrando diversos políticos acautelando "recursos não contabilizados" na meia, na bolsa, na cueca dentre outros locais pitorerscos, só depois, e pelo fato de, supostamente, tentar subornar uma testemunha é que o excelentíssimo senhor EX-governador Arruda foi, e continua, preso, mas só ele? É, só ele...
Pra Frente Brasil!!!
Que a copa está chegando!
Ah! Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor, Ôh, ôh!
Sabe, sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amor, ôh, ôh!
Prezado:
ResponderExcluirO sr. não consegue prestar praticamente nenhuma informação correta nesta nota. Quase todas as informações factuais estão erradas. Não perderei tempo em apontar os equívocos um a um. Em vez, convido o eventual visitante a este lugar para visitar o projeto Meritíssimos, da Transparência Brasil (e não da Fundação Ford), no qual se fazem as análises a que o sr. tentou referir-se. O endereço é www.meritissimos.org.br.
Claudio Weber Abramo
Diretor executivo
Transparência Brasil
Contra fatos não há argumentos... Não se admite contestação genérica, a exemplo da que foi feita pelo Sr. Claudio Weber Abrano. A verdade nem sempre é aquela que queremos ouvir, mas uma vez dita deve servir de sinalizador de que alguma cois não está bem.
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