quinta-feira, 4 de março de 2010

Argumentações pedestres ou me segura que vou dar um troço de tanto rir.

Estive lendo hoje em diversos sites jornalisticos e alguns jornais impressos sobre as posições de algumas instituições acerca das cotas raciais para ingresso nas universidades pública e sua exposições na audiência pública no STF. Deixando as paixões de lado e a participação rocombolesca daquele Ministro de Estado mundialmente desconhecido que daí se extrai a sua relevância, o que se viu foi as mais pura boçalidade na defesa desta estrovenga. Dentre as instituições que defendem as cotas está a AGU e a PGR. A primeira está no seu papel, ou seja, em muitas situações defender o indefensável (as vezes esquecem seus ocupantes que estão alí para defender a união e não o governo de plantão), a segunda não se sabe porque cargas d'água apoia tal disparate. O Advogado Geral da União argumentou que as politicas compensatórias estão amplamente consentâneas com a constituição e que se deve ampliar para amenizar a discriminação do país. Hummm! Entendi. Quer dizer que para reparar a discriminação, aumentamos mais ainda discriminação. Muito inteligente este rapaz. Provavelmente ele nunca leu a constituição, em especial o seu artigo 5º. Se tivesse lido quem sabe não diria tal asneira. O governo federal se fez presente também com a representante do Ministério da Educação, onde apresentou até um gráfico que ela interpretou que mesmo havendo igualdade na qualidade de ensino não garante acesso aos negros nas universidades. Este argumento não convence nem o gato de meu vizinho, que por sinal é muito inteligente. Ela se esquece que o ingresso nas universidades está em privilegiar os melhores e mais aptos. E outra, a qualidade do ensino não é passaporte direto para o ensino superior se não houver critérios que privilegiem o mérito e o estudo duro e continuado. E o que se discute é aprovar aqueles, que em condições de igualdade e sem privilégios, estão numa disputa de uma colocação universitária, vindo eles de boas escolas ou não. Pelo racíocinio da dita funcionaria seria assim: Se o estudante teve uma boa escola mesmo que tenha uma baixa pontuação no vestibular passa em razão da sua cor da pele e não por seus méritos. Ahhh! Entendeu ou quer que eu desenhe. Além do mais, se a distinta tivesse lido os dados do IBGE veria que sem estas malditas cotas, aqueles que não tiveram sucesso nos vestibulares principalmentes os pobres, atingem a todos, sejam eles brancos, mulatos ou negros. Eu começo a desconfiar que este povo não sabe é ler. Outro orgão a defender tais discrepâncias é a OAB. Pertenço a instituição, mas já não concordo a muito tempo em muitas das suas posições e o de cotas para as universidades é uma delas e tenho certeza que a maioria dos colegas comungam com meu pensamento. É melhor os favoráveis as cotas refinarem seus argumentos, desse jeito fica fácil derrubá-los.

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