A diplomacia do Brasil sempre foi vista como um das mais preparadas do mundo. Isto é em virtude do Instituto Rio Branco. Semelhante, somente a escola francesa. Nem os Estados Unidos tem algo parecido. A inclusão do Brasil no cenário político internacional foi devido ao gênio do velho Rui Barbosa na Conferência de Haia de 1907 em que ele defendeu a igualade jurídica das nações perante a lei internacional e a inviolabilidade da jurisdição interna de cada Estado. Se o leitor quiser maiores detalhes veja no livro "Raizes das Coisas. Rui Barbosa: O Brasil no mundo" de Carlos Henrique Cardim, ed. Civilização Brasileira. Escola boa não quer dizer necesariamente alunos bons. E a diplomacia brasileira atualmente tem sido um fiasco só. Vejamos o caso de Honduras do Chapeleiro Maluco. Este queria alterar uma claúsula pétrea da constituição hondurenha que foi rechaçada pelos outros poderes. O proto ditador Zelaya queria incluir uma disposião constituconal garantindo a sua reeleição indefinidamente, num país que tem um texto constitucional escrito em 1985 que impede a reeleição do cargo de presidente. E assim tem sido desde então, sem maiores sobresaltos. Contaminado pelo ideário bolivariano e de exemplos de caudilhos reciclados, achou por bem o chapeleiro maluco fazer a mesma coisa. Como os outro dois poderes, o Legislativo e o Judiciário, não embarcaram na sua idéia golpista aplicaram o que previa a própria constituição daquele país. A sua deposição e prisão por tentativa de golpe ou então ser mandado para fora de Honduras. Até porque o maluco já havia tentado cooptar alguns militares para impor a força o seu desejo. Felizmente não obteve sucesso. Neste cenário de república de bananas entra em cena a cornucópia liderada pelos dois gênios da diplomacia brasileira o Marco Aurélio Garcia e o Celso Amorim. Um assessor especial de assuntos internacionais (cabide de emprego) e o outro Ministro das Relações Exteriores. Ambos craques da incompetência e da estultice. Passaram eles a pressionar o pobre país hondurenho alegando que o governo provisório era fruto de um golpe. Se tivessem lido (presumo que saibam ler) a Constituição de Honduras teriam visto que golpe quem queria era o Zelaya. E onde já se viu golpe com as instituições que funcionam, seguem o que determina a lei, aceita por todos e aprovada democraticamente. Não me venha dizer que a Europa, os EUA e o restante do mundo seguiram pela mesma trilha. Hoje eles perceberam que estavam errados. Houve eleições, que estava marcada antes do maluco fazer o que fez. O governo provisório entregará o o comando no prazo constitucional. E o chapeleiro maluco está lá, amoitado na embaixada do Brasil envolvido num vácuo legal. Não se sabe se é exilado, foragido, hóspede,visitante ou nada disso. Os americanos já reconheceram que as eleições foram limpas, portanto, o eleito, legítimo representante, do povo hondurenho. Seguiram o mesmo caminho o Japão e a Alemanha. Mas as duas marias estão numa barrafunda. Negam o resultado da eleição e não reconhecem o governo aprovado nas urnas. O Barão de Rio Branco deve estar furioso. Quase duzentos anos de árduo trabalho de construção de uma referência internacional na condução de política externa por seus diplomatas e agora estes dois influenciados sabe-se lá por quem cometendo estultice desse quilate, sem falar que receberam um ditador iraniano e abriram uma embaixada na Coréia do Norte e Kadafi é visto como "irmão".Estes dois não chamo nem para jogar WAR I, é complicado demais para eles. Será difícil recuperar a imagem do Brasil.
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