domingo, 20 de dezembro de 2009

Mediocridade galopante

O STF deve julgar nos próximos meses a constitucionalidade do exame de ordem para avaliação do estudante de direito recém saído da academia. Não vou adentrar no mérito da discussão, no mínimo acintosa sobre sua validade ou não. O que permeia a mentalidade atual de grande parte da sociedade brasileira é a mediocridade. O brasileiro de modo geral odeia ser submetido a qualquer avaliação que meça suas aptidões para o ingresso em qualquer ramo de atividade. Primeiro busca-se o "jeitinho" não obtendo resposta, busca-se o judiciário com os argumentos dos mais mirabolantes e tortuosos e sempre encontra um magistrado que vai na onda. A moda agora é questionar sobra a validade dos exames realizados pela OAB com os estudantes de direito se estão aptos ou não ao exercício da advocacia. O argumento tosco, para não dizer no mínimo acintoso é de que o exame impede ao acesso à profissão, um direito garantido pela constituição. Em razão de um sem números de faculdades de direito espalhadas pelo país que despejam um número considerável de alunos despreparados sem o mínimo racíocionio jurídico e lógico, o exame é fundamental para a preservação da dignidade da profissão de bacharel em direito. Insurgir-se contra ela é atirar no próprio pé. Mas tudo isto é fruto de uma sociedade que não privilegia a meritocracia como forma de desenvolvimento e crescimento.

2 comentários:

  1. Levando-se em consideração a verdadeira "epidemia", no sentido mais negativo da palavra, que o ensino superior tem alcançado no páis, creio ser o exame imprescindível. A expansão do "nível superior", infelizmente, não se dá dentro dos padrões de qualidade necessários. Destarte, mais do que necessário um exame que "filtre" os meros portadores de canudo daqueles que realmente estão preparados para operar as leis. No entanto, há que se salientar que não apenas para os profissionais do Direito, mas em todas as outras carreiras haveria de se ter esse tipo de avaliação.

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