Esta semana mais uma vez o presidente Lula foi alvo de multa do TSE por propaganda eleitoral antecipada. O valor arbitrado foi de R$ 7.000,00. A multa por sinal não é representativa, chega a ser irrisória. O partido que representa, outrora pobre, hoje dispõe de milionários recursos. O aspecto dissonante desta conduta de um presidente da república é o pouco caso que isto tem sido tratado tanto pelo apenado, como pela sociedade civil. Não perceberam a gravidade da situação do mais alto cargo público do Brasil em ser alvo de condenações por descumprimento de lei. Existe no inconsciente coletivo de grande parte dos políticos de fazerem pouco caso no cumprimento das normas, afinal se sentem inatingível e os tribunais só devem atingir os pobres e os inimigos de ocasião. Não se nota na figura do presidente qualquer sinal de constrangimento em ser multado pelo judiciário, muito pelo contrário faz até chacota. Não vai dar em nada mesmo. Em sociedades com instituições democráticas mais sólidas a indignação seria a tônica, não se admite o chefe maior de uma nação sofra penalidades em razão de sua conduta desairosa e inconsequente; a reprimenda social seria forte. Mas no Brasil tais fatos é visto como desatino de um tribunal que quer aparecer as custas de presidente e que fará o seu sucessor nem que para isto tenha que ir de encontro as leis. A conduta do presidente da república é reflexo do que acontece no andar de baixo da sociedade brasileira, ou seja, ser a multado por avançar o sinal de trânsito, por exemplo. Primeiro se tentará encontrar um amigo ou conhecido no orgão fiscalizador para “aliviar” o pagamento. Não conseguindo porá a culpa nos radares, afinal só estão ali para arrecadar e encher os cofres do governo. Disto se extrai a seguinte ilação: a desculpa é sempre do aparato legal que não deixa ninguém fazer nada.
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