domingo, 5 de setembro de 2010

A desfaçatez as claras

O Brasil assiste nesta semana o mais dantesco dos espetáculos de violação da Constituição Federal. Uma instituição a serviço da máquina partidária usa as suas informações sigilosas para atender aos interesses de seus dirigente nada republicano. È notícia em todos os jornais que não estão a serviço da máquina pública. A quebra de sigilo fiscal em país sério daria demissão do porteiro do Ministério da Fazenda ao ministro. Aqui não. È propalado como “futrica menor”. Desculpa para reverter eleição perdida. O sigilo fiscal é um direito garantido em todas as democracias ocidentais. Uma conquista do mundo civilizado e livre. O envolvimento de pessoas ligadas a partidos que manipularam e divulgaram os dados fiscais de pessoas, não importando as atividades que ocupem é crime extremamente grave que deveria ser acompanhada pessoalmente pelo presidente da república, o guardião máximo do texto constitucional. Mas infelizmente não é assim. O próprio põe culpa nas pessoas que sofreram este crime bárbaro, vejam só. O que mais me incomoda é o silêncio sepulcral de instituições que deveriam partir para cima do governo exigindo explicações e reprimir o chefe da nação pelas bobagens que costuma dizer, tais como a OAB, ABI entre outra tão importantes quanto. Se não nos indignarmos e tomarmos as rédeas do descaso que envolve tais atrocidades seremos mais tarde lenientes com censura, práticas criminosas desta ordem e a constituição indo para as cucuias. A platitude dos argumentos tais como”violações são comuns” , “tudo será apurado rigorosamente” (tenho medo quando dizem “rigoroso” e “urgente” é sinal que não vai dar em nada), cai no vazio e pelo andar da carruagem se perderá no limbo do esquecimento.

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